Páginas

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eles não sabem nada sobre nós

Eles não sabem nada de nós
que eu sem você é matemática sem solução
que tanta distância, tanto sofrimento
Eles não sabem nada de nós
que o simples acordar ou adormecer juntos
completam nossa singela e imensa felicidade
que a vida é assim, o amor é assim
nós somos feitos de areia deslizada sobre o tempo
Eles não sabem nada de nós
que nosso é o eixo que nos coloca no lugar, que nos estremece
Sempre será assim mesmo
que eles nunca saibam nada sobre nós

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

para todos


Ontem vendo o sol nascer na praia
Lembrei de pessoas da minha vida
que divido uma mesa de bar
que divido um momento, que olhos lindos de whisky estão cheios de tristeza
que divido uma aliança material ou não
pessoas que conheço uma vida inteira
pessoas que conheci agora
pessoas q poucas vezes vi, mas sinto vontade de partilhar uma parte de minha biblioteca
pessoas que dormi ao lado e que amo sua cria
pessoa que dividem o sobrenome comigo
pessoa que amigo é uma palavra fraca para se dizer
-sabe por que esse nascer do sol será sempre diferente?
-por questões climáticas...
-não, porque amnhã não estaremos aqui,
e 50 anos depois:a visão pode até ser a mesma.
mas não terá eu e vc, nossa sombra na arreia.
talvez falte uma sombra, talvez as duas
talvez aumente o número de sombras,
sim, ele será sempre diferente para melhor,
para pior ou para nada.
Viva o hoje, nunca será igual
Para essas pessoas gostaria de carregar todos os problemas como
o mitológico Atlas
e ser apenas observadora de suas alegrias.
Amo todos e sempre e sempre
Meu coração explode de afeto por vcs.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A janela



"Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos" Fernando Pessoa como Álvaro de Campos.

E no momento da mágica operação de luz,
o acontecimento está dentro da habitação
A rua observa a menina com admiração
Seu olhar atento é o que conduz
Leva nos a um presente que não mais existe
(Se é que um dia existiu?)
A dualidade da luz e ausência da cor
E na fisionomia, Histórias de um tempo a se viver.
Beleza pela metade e o que se revela é paz.
o mistério diz a existência
E ao mirar,passam a existir eu, você e ela.
Sempre será nossa essa janela, essa rua
a não cor e a dúvida do "porvir".


obs: esse é início do meu novo projeto "foto plus poesia", unindo as duas pontas da minha vida.

Um poema a terminar...


Quando começamos a existir?Quando nosso pai fecunda nossa mãe?na hora do parto?Quando reconhecemos o mundo?no primeiro soluço?no nosso primeiro choro de fome ou cólica?quando a primeira lágrima cai?quando conhecemos nossos primeiros amigos e amores?quando aprendemos a ler e escrever?quando nossas bases mais fixas somem?quando perdemos,para morte ou para vida, entes queridos?quando começamos a existir?quando começamos a desistir?

sábado, 20 de novembro de 2010

Fotograma em azul..


Sufocada por um instantâneo desejo
No azul, mergulhar e me perder
Melancólico momento de prazer
em que cada beijo tem sabor de adeus
cada gemido,soa doloroso
Penetrada pelo mel amargo
dos olhos sem alegria
Estar naquele lugar do mundo
onde os sonhos vivem e morrem
Verdadeiro Batismo de sangue
Vermelho , deliciosamente carmim
Meu ânimo escorre entre minhas pernas
Nele, eu não estou
Ele está, naquele momento, em mim
como uma dor amiga
Não quero passar...
Dolorida, sofrida
logo, esquecida
aborrecida, preterida
O anil me tortura
torna mais triste o momento
Realização desfeita
Fotografo o momento e o lugar
com a roleflex
que é meu antiquado coração
"Never more, never more"
Só sobraram vazio, manchas e negativos não revelados.

domingo, 17 de outubro de 2010

espelho.


O que eu estou pensando agora?Estou quase no fim da faculdade, tudo que eu queria e não fiz para minha evolução intelectual.EnQuanto a maioria de meus companheiros de curso escrevem sobre a sociedade falida em que vivemos, eu prefiro estudar a arte e o lírico.Tudo que as pessoas acham fútil e sem importância política.Como o homem reproduz sua vida e a transforma em arte.Como um conjunto de notas materializam a jornada humana e sua vida em sociedade.Aprendi, nessa madrugada, não ter vergonha de ser gauche na vida.O que sempre fui:li muito(coisas que agora pouco fazem sentido para mim), me isolei, meditei e estou pronta para ser poeira cósmica das estrelas.Eu,Historiadora em construção,irmã,filha,amiga,inocente poetiza,dançarina fracassada,afilhada intelectual da pessoa mais inteligente que já conheci.Pensando hoje, decidi revelar mais do que meu 'face" e mais essência.C'est tout.