"Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos" Fernando Pessoa como Álvaro de Campos.
E no momento da mágica operação de luz,
o acontecimento está dentro da habitação
A rua observa a menina com admiração
Seu olhar atento é o que conduz
Leva nos a um presente que não mais existe
(Se é que um dia existiu?)
A dualidade da luz e ausência da cor
E na fisionomia, Histórias de um tempo a se viver.
Beleza pela metade e o que se revela é paz.
o mistério diz a existência
E ao mirar,passam a existir eu, você e ela.
Sempre será nossa essa janela, essa rua
a não cor e a dúvida do "porvir".
obs: esse é início do meu novo projeto "foto plus poesia", unindo as duas pontas da minha vida.